Hoje recomeça a tortura do futebol nacional
E foi-se a Copa....ficaram as copas de casas que ainda mantém esta peça na divisão.
Ficaram as copas ainda à venda em lojas da cidade. A Copa, a tal da Copa do Mundo, foi-se.
Com lições que dificilmente aprenderemos, pois nossos treinadores “sabem de tudo” e não precisam observar conselhos e fatos comprovados de que a Europa está na nossa frente. Aliás, nosso futebol anda muito feio, muito manjado e nossos craques são de vitrine e não de raça, como os jogadores da Croácia ou do Uruguai.
A final da Copa nos mostrou que mesmo esbugalhados, os jogadores correram, jogaram, vibraram e honraram o país que mais comemorou em todas as partidas. Além das prorrogações, tiveram o craque da Copa e a melhor presidente do país presente.
Quanto a nós, melhor não comentar tudo o que já foi dito. O pior é que hoje recomeça a tortura do futebol nacional, com a Copa do Brasil e o Campeonato Brasileiro na próxima quarta. Lá vem sofrimento. Afinal das contas, somos brasileiros e torcemos, mesmo que sofrendo.
A Copa deixou lições de humildade e de soberba também. A França, mesmo campeã merecidamente, comemorou em solo francês com a selvageria somente vista nas manifestações brasileiras. E além de tudo, uma seleção composta de imigrantes, como a imprensa mostrou. Mas o técnico, era o Dechamp, ex campeão e modelo de treinador. A Croácia, repito, mostrou raça e determinação, espírito de equipe, mesmo com os não tão bons jogadores, mas com uns 4 ou 5 que desequilibraram, além da força da camisa. E registre-se: foi a Copa dos goleiros. Muitos com destaque, embora os frangos também marcaram a granja da Rússia. E alguns com replay de assustar qualquer zagueiro.
E queiram ou não, a presença da presidente da Croácia na geral dos estádios, deu mais força para a turma dos onze.
O técnico, frio e calculista, sobressaiu-se dentro do cenário do próprio país e deu ao mundo um exemplo de segurança.
Enfim, o que nos resta é apreciar o que existiu de bom (o técnico da Rússia aprendeu a sorrir) e esquecer o que aconteceu de ruim, a começar pela nossa desclassificação.
Mas desde 98, não vi neste ano a tristeza nacional aparente e o desespero pela perda da vaga.
O país, lá no fundo, já esperava. Só não esperávamos o Neymar virar alvo de gozação no mundo inteiro, sem exceção.
Pode ser que para a próxima tenhamos JOGADORES DE FUTEBOL, sem tanto marketing, sem tanta tatuagem, sem tanta imprensa em cima. Craques de bola, somente.
Isto faltou este ano.